segunda-feira, 14 de agosto de 2017

A IGREJA E O HOMOSSEXUALISMO (II)



Barros Alves

Retorno ao tema que é largo e polêmico. Meu objetivo é levar ao leitor não familiarizado com os documentos da Igreja Católica, alguns pontos da doutrina a respeito do delicado assunto, inexplicavelmente olvidados no debate que vem se desenvolvendo no seio da sociedade sobre a homossexualidade e o homossexualismo, às vezes de forma equivocada. Nada contra a homossexualidade. O que nos causa ojeriza e merece reprimenda é acoimar-se os cristãos de homofóbicos e intolerantes quando, a rigor, paradoxalmente, a intolerância origina-se em mentalidades ideologicamente anticristãs, algumas defensoras intransigentes de postulados que não se coadunam com os preceitos católicos no que respeita à sexualidade humana. Esses militantes do  movimento gay muitas vezes abusam de sua liberdade de expressão para desdenhar dos valores cristãos e agredir a Igreja. Ora, se nos parlamentos, por exemplo, o movimento gay tem militantes aguerridos, por que a democracia haveria de impedir a manifestação de representação contrária às proposituras nascidas da ideologia de gênero fundada no homossexualismo? A palavra de Igreja não deixa dúvida a quantos ocupam posições que possam favorecer a criação de leis para o bem da sociedade. “As legislações que favorecem as uniões homossexuais são contrárias à reta razão, porque dão à união entre duas pessoas do mesmo sexo garantias jurídicas análogas às da instituição matrimonial.” Isto é o que sentencia o documento “Considerações Sobre os Projetos de Reconhecimento Legal das Uniões Entre Pessoas Homossexuais”, editado pela Congregação para a Doutrina da Fé (2003). Em razão da sacralidade do matrimônio, união indissolúvel entre homem e mulher, macho e fêmea, a Igreja ordena aos fiéis cristãos que se oponham “de modo claro e incisivo” contra a equiparação legal que alguns tentam estabelecer como desiderato correto e aprovável para a sociedade. Ao contrário, em face da depravação moral que determinadas leis estimulam, urge que o cristão, especialmente legisladores e magistrados, abstenha-se de “qualquer forma de cooperação formal na promulgação ou aplicação de leis tão gravemente injustas...” Assim como do ponto de vista das relações humanas é injusta a discriminação para com as pessoas homossexuais – lembra o documento citado -, assim também constitui “imperativo de consciência moral dar, em todas as ocasiões, testemunho da VERDADE MORAL INTEGRAL, CONTRA A QUAL SE OPÕE A APROVAÇÃO DAS RELAÇÕES HOMOSSEXUAIS...” (grifei). Retornarei ao assunto.


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