segunda-feira, 14 de agosto de 2017

A IGREJA E O HOMOSSEXUALISMO (III)

Barros Alves

Recentemente a Imprensa publicou carta assinada pelo Monsenhor Paolo Borgia, assessor para Assuntos Gerais da Secretaria de Estado do Vaticano, endereçada ao casal homossexual Toni Reis e David Harrad, de Curitiba, na qual, em nome do Papa Francisco, deseja felicidades aos dois, por terem batizado os filhos adotados, e invoca para a “família, abundâncias das graças divina, a fim de viverem constante e fielmente a condição de cristãos, como bons filhos de Deus e da Igreja...” O Papa Francisco, clemente e misericordioso, tem confundido misericórdia com afrouxamento dos postulados e princípios eternos que a Igreja defende e que ao longo de mais de dois mil anos o Cristianismo tem ensinado aos fiéis, ou seja, a “guardar, transmitir e explicar fielmente o depósito da Fé”. (Concilio Vaticano I). O caso em apreço choca-se flagrantemente com a Sagrada Tradição da Igreja Católica – e das Igrejas Cristãs -, contradizendo documentos conciliares e colegiados, ao tempo em que dissemina a confusão no seio dos fiéis. Além de agredir a sacralidade do batismo, sacramento primeiro que PERMITE CRESCER NO BEM PELAS VIRTUDES MORAIS (Catecismo da Igreja Católica, 1266), agride o magistério da própria Igreja, tal como pode-se observar na orientação oriunda da Congregação Para a Doutrina da Fé: “Inserir crianças nas uniões homossexuais através da adoção significa, na realidade, praticar a violência sobre estas crianças, no sentido de que se aproveita do seu estado de fraqueza para introduzi-las em ambientes que não favorecem o seu pleno desenvolvimento humano. Não há dúvida de que uma tal prática seria gravemente imoral e pôr-se-ia em aberta contradição com o princípio reconhecido também pela ‘Convenção Internacional da ONU Sobre os Direitos da Criança’, segundo a qual, o interesse superior a tutelar é sempre o da criança, que é a parte mais fraca e indefesa.” Roma locuta, causa finita. O Papa não é Roma, quanto mais um mero auxiliar de terceiro escalão. A Igreja não deve jamais se adaptar às conveniências do mundo. Este é que deve se submeter à Igreja. O apóstolo João, na Primeira Carta, já admoestava: “O mundo todo jaz sob o maligno.” E o extraordinário apóstolo Paulo orienta: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que proveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos, 12.2).

Nenhum comentário:

Postar um comentário